domingo, 23 de janeiro de 2011

A culpa foi da Fê.

2004. Sétima série.
A professora de redação nos encarrega de fazer uma adaptação de "Romeu e Julieta" para apresentar num sábado letivo. Nos reunimos, assistimos ao filme que tem o Leo como Romeu, fizemos nossa pequena adaptação. Fiquei encarregada de desempenhar o papel da narradora e me animei com a notícia. Como nossa turma era pequena, tivemos que chamar alunos de outras séries para ajudar, mas isso não foi problema.
Falas decoradas, cenário pronto, tudo certinho. Eis que surge a professora com a "maravilhosa" ideia de apresentar a peça para todos nosso amados coleguinhas de escola antes de fazê-lo na frente dos pais. Não gostei. Na verdade, odiei isso mais que tudo. Naquela época, vínhamos passando por um período de atrito com uma outra turma e eu, admito, estava com medo do que poderia acontecer. No fim, a professora me obrigou convenceu a fazer minha parte e é isso aí.
Não dormi direito a noite que antecedeu a apresentação na escola. No dia seguinte, estava cansada, mais lerda que o normal e com muito sono. Mas, o espetáculo não deve parar (vontade de matar quem falou isso pela primeira vez).
Fizemos os últimos reparos durante as aulas de mais cedo e, depois do intervalo, lá estávamos nós preparados. Tudo ocorria bem. A Fê e a Jéssica ficaram encarregadas do abrir-e-fechar das cortinas. A Babi começou dando um susto geral, parecia que ela tinha esquecido sua fala =O Mais tarde, ela nos contou que estava apenas interpretando (se não fosse a futura correspondente direto de Washington da Globo, ela ganharia alguns Oscar) O Romeu Braga ficava suspirando e a Julieta Marina se fazendo de difícil. O Kaique surpreendeu a todos com sua interpretação do pai da Marina (na véspera, estávamos todos com medo de que ele pudesse travar e não falar nada direito =X). O Pagode, que estava no grupo de apoio, exagerou muito pra caramba manolo quase morri bjs um pouquinho ao liberar a fumaça da máquina de fumaça na hora do baile em que os protagonistas se conhecem. No entanto, tudo ia bem, muito obrigada.
Era minha última fala. Depois disso, teria que me preocupar apenas com mais uma apresentação e daria adeus à minha "carreira" no mundo da arte e entretenimento. Falei tudo direitinho. Precisava sair de cena, olhei discretamente pra trás e nada das cortinas abrirem. Cadê a Fernanda e a Jéssica? o.O O que tinha acontecido lá atrás? Comecei a ficar tensa. EU TINHA QUE SAIR DALI. Uma ideia passa pela minha cabeça. Puxar uma cortina e sair da frente de todo mundo. Ai, se eu soubesse que as cortinas eram tão grandes. Ai, se eu pudesse voltar no tempo e esperar mais um pouco. Ai, se eu fosse menos lesada.
Ao invés de abrir um pouco uma das cortinas e tchau galero, pisei na ponta de uma cortina e tentei dar uma abridinha na outra pra sair sem revelar o cenário que estava por ser apresentado. Nesse momento, minha querida amiga, FERNANDA,dá um puxão e que puxão na cortina que eu estava pisando. Claro. Foi inevitável. Lá ia a Tamara tropeçando na frente da escola inteira, sendo que a culpa foi da Fê!
Putz Grila! Não quis saber de mais nada. Nem me lembro se deu tudo certo no fim de tudo. Não apareci naquela hora ridícula em que os "atores" agradecem os aplausos da plateia. Fiquei lá num canto, fingindo que estava ocupada. Depois, meus colegas comentaram o acontecimento comigo e eu, mais envergonhada que a Elle quando ela se veste de coelhinha e vai na festa que a namorada do ex-namorado dela disse que era à fantasia, mas nem era (cena de Legalmente Loira, caso você seja mais lerdo que eu e não tenha entendido), tentei desviar a atenção para a falha do Pagode e sua máquina de fumaça. No fim, nem deu muito certo, mas acho que amenizou um pouco a situação.
Fui obrigada a superar todo o meu trauma recém-adquirido e me preparar pra apresentação para os papis e as mamis. Basta o comentário de que não caí e deu tudo certo =)


OBS: Se eu soubesse que iria perder uma das cenas mais cômicas que eu consigo imaginar, nunca teria aceitado ser narradora. O William, que também fazia parte do grupo de apoio, se desesperou tanto na troca de um cenário que saiu empurrando a cama da Marina com o rosto, já que tinha escorregado num tapete que tinha por perto.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Puuuutz!

Um dia desses, estava no shopping com uns amigos, conversando sobre o passado. Ao lembrá-los de uma história que nos tinha acontecido, um deles me deu a ideia de criar um blog sobre coisas engraçadas e/ou idiotas que aconteceram comigo ou com conhecidos. Pois bem. Cá estou. Vamos ver por quanto tempo vou conseguir escrever aqui (Y)